GRUPO FRENTE (...) Diferentemente da maioria dos outros do grupo, com Franz Weissmann a experiência não aparece quase nunca livremente, como um jogo. Ou melhor, ela só aparece, em profundidade, com a obra, fruto de madura reflexão.
As experiências nele se sucedem como as horas do dia; a realização, entretanto, é uma só entre as muitas, as muitas horas do dia e da noite que consome experimentando, que consome em vivências. Isso não quer dizer que, em meio aos seus esforços de apreender o espaço, articulando-o com a linha ou o plano em triedros, tetraedros, poliedros, uma experiência de momento não se cristalize, como uma espécie de intermezzo barroco, num tocador de flauta, por exemplo. Weissmann adora o arame, o fio de aço, se entretém prazerosamente com o alumínio, em vergão ou em folha, com o metal amarelo e outros materiais que ele vai buscar em plena utilização prática, nas oficinas mecânicas. (...) Mario Pedrosa - Rio, junho de 1955 |