(...) São dessa época (1953) os primeiros trabalhos que realiza com delgadas barras de alumínio que se desenvolvem no espaço explorando-lhe a ambigüidade e acentuando-lhe a indeterminação. A forma aí se reduz a um desenho no interior do espaço, como mero sinal, indicação ou sugestão que serve apenas para revelar o espaço em sua plenitude, em sua fecunda delimitação. Durante os anos subseqüentes, Weissmann aprofunda essa expressão, encontrando ritmos cada vez mais econômicos e mais diretos para mostrar o vazio. Chega enfim a estruturas de grande leveza, ricas de perspectivas que se impunham ao espectador como um milagre de captação dessa coisa impalpável e fugidia que é o espaço. (...) A qualidade e o caráter pessoal da obra de Weissmann advêm sobretudo de ser ele um artista predominantemente intuitivo, que busca na experiência direta da forma e do espaço a estrutura de suas obras. Suas idéias nascem diretamente do trabalho, como problemas imediatos aos quais dá ele solução: a teoria não encontra campo para se formular. Ferreira Gullar - Do que se chama escultura - Jornal do Brasil, Rio de Janeiro, 5 nov. 1960. Suplemento Dominical |